Daniela Corso Favaretto Senac Tech
São diversas as interpretações que o papel da escola na sociedade pode suscitar, e elas variam de acordo com as crenças, valores e diferentes visões de mundo. Como diretora de uma escola profissionalizante na área de tecnologia, acredito que a escola deva formar profissionais que, além de dominarem as técnicas necessárias para o exercício do trabalho, desenvolvam também habilidades sociais e emocionais fundamentais para seu crescimento e plenitude.

O avanço tecnológico impõe desafios gigantescos. Além da constante atualização necessária para profissionais e professores que atuam na área, há o receio de não acompanhar as tendências e, até mesmo, da própria tecnologia substituí-los. Garantir que todos tenham acesso ao aprendizado tecnológico, para se manterem incluídos socialmente, é essencial, visto que as discrepâncias de saberes são cada vez maiores. Acompanhar a velocidade das transformações e garantir a inclusão é vital para que possamos cumprir nossa missão.

Para além da atualização tecnológica, a escola precisa ser um espaço de desenvolvimento de competências socioemocionais que apoiem os estudantes nas demandas da vida. Muitas vezes, a palavra de incentivo de um professor é o único apoio que um aluno recebe. Cada estudante carrega sua própria história, e encontrar na escola um porto seguro de confiança e acolhimento é fundamental para que ele se sinta encorajado a experimentar novas perspectivas de vida e carreira.

Trabalhar com educação é uma missão linda, mas que também nos coloca diante de desafios constantes. No entanto, como disse o psiquiatra Viktor Frankl: “Quem tem um porquê enfrenta qualquer como”. Por isso, é essencial termos um propósito claro e verdadeiro para tornar nossas escolas espaços de transformação.