A febre maculosa tem feito vítimas no Brasil, especialmente neste mês de junho. Segundo balanço recente do Ministério da Saúde, em todo o país são 60 casos e nove óbitos por complicações causadas pela doença. Transmitida pelo carrapato-estrela, muito comum em regiões de parques e matas, a infecção pela bactéria pode ser evitada com o combate ao parasita. Ana Caroline Ciríaco, médica veterinária do Centro Universitário Fametro (Unifametro) explica como se proteger.

De acordo com Ana Caroline, o carrapato-estrela é infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, e não é um carrapato comum, como os encontrados geralmente em cachorros. A espécie amblyomma cajennense, transmissora da doença, pode ser encontrada em mamíferos em geral, em especial em animais silvestres.

Como medidas preventivas, a especialista explica que, ao entrarem em locais de mato, é importante que as pessoas estejam devidamente protegidas com calças, camisas compridas e fazendo uso de botas, preferencialmente. “A parte inferior da calça deve ser mantida dentro das botas e lacrada com fita adesiva. Quando possível, é bom evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos, e verificar a cada duas horas se há algum deles preso ao corpo. Quanto mais depressa o carrapato for retirado, menores os riscos de infecção”, alerta a médica veterinária.

Uma vez identificada a presença do carrapato nas vestes, Caroline recomenda que ao retirá-lo, não se deve esmagar com a unha, pois o esmagamento pode promover a liberação das bactérias que têm a capacidade de penetrar a pele através de pequenas lesões que possam existir no local. “Os carrapatos devem ser retirados com cuidado, por meio de uma leve torção, para que sua boca solte a pele”, esclarece ela.

Há ainda outras formas de se proteger do carrapato-estrela, segundo a médica veterinária, uma delas é o uso de repelentes que tenham como princípio ativo DEET (em alta concentração), IR3535 ou icaridina. “Atualmente, os repelentes com icaridina são a melhor opção pois estão disponíveis no mercado, sendo possível encontrar fórmulas com ação prolongada. Além disso, crianças a partir de 6 meses de vida podem utilizar. Em relação a frequência de aplicação na pele é indicado seguir as orientações do fabricante. Lembrando que repelentes à base de icaridina são eficientes também contra mosquitos”, indicou Caroline.

Sobre o curso de Medicina Veterinária da Unifametro

Com nota 4 na avaliação do MEC (de 1 a 5), o curso de Medicina Veterinária da Unifametro é ofertado nos campi de Fortaleza, com uma estrutura completa de formação prática por meio do Centro de Medicina Veterinária da instituição. A estrutura curricular da graduação objetiva formar um profissional generalista, com sólida formação acadêmica, e com matriz curricular que obedece às Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Medicina Veterinária. O curso é ofertado na modalidade presencial, nos turnos manhã, tarde e noite, e tem duração de 10 semestres.