Doença atinge diferentes classes sociais e pode ser agravada se diagnosticada de forma tardia.

 

De acordo com a maior revista de reprodução assistida do mundo, a Human Reproduction, a população do planeta pode reduzir pela metade até o ano de 20100. A declaração preocupa e se ancora em um problema que está ficando cada vez mais comum em casais e que não se distingue em cor, gênero e nem classe social: a infertilidade.

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicados no ano passado, mostram que a infertilidade atinge uma a cada seis pessoas mundialmente, o que corresponde a cerca de 17,5% da população adulta. O estudo mostra, ainda, que a condição alcança pessoas independentemente de sua faixa de renda, com 17,8% dos países de alta renda e 16,5% dos de baixa e média renda atingidos.

“Números como esse mostram a necessidade da ampliação do acesso a cuidados de fertilidade e políticas públicas de saúde que garantam tratamento facilitado. A infertilidade é a incapacidade de se conseguir uma gravidez após 12 meses ou mais a partir de relações sexuais regulares sem preservativo, e acomete homens e mulheres. O problema afeta o bem-estar mental e psicossocial, com implicações financeiras e sociais” afirma o médico especialista em reprodução humana, Marcelo Cavalcante.

São diversos os fatores que contribuem para problemas reprodutivos, aponta o médico. Desde aspectos comportamentais à doenças. O problema também diz respeito ao casal e não somente ao homem ou à mulher.

 

“Cuidar da saúde no dia a dia, praticar exercícios físicos regularmente, não exagerar no álcool e se alimentar de forma saudável também são formas de manter a saúde reprodutiva”, afirma.

 

Para entender o que pode estar causando a infertilidade, é necessário buscar avaliação médica especializada, aponta Cavalcante. A depender do caso, diversos procedimentos podem ser acionados para garantir a geração da prole, tais como fertilização in vitro, indução de ovulação, por exemplo.