“Entre Marés” (Manhã), “CORPUS” (Tarde) e “ECOS” (Noite) contam com direção, respectivamente, dos professores Juliana Veras, Joca Andrade e Neidinha Castelo Branco.

 

O Theatro José de Alencar (TJA), espaço da Rede Pública de Equipamentos Culturais (Rece) da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), recebe neste fim de semana, no Palco Principal (100 lugares por sessão), os espetáculos de conclusão de 2024 das três turmas do Curso Princípios Básicos de Teatro (CPBT). Com entrada gratuita, a retirada de ingressos acontece pela plataforma Sympla um dia antes de cada apresentação, a partir das 14h.

 

A Turma Manhã, com direção da professora Juliana Veras, irá estrear o espetáculo “Entre Marés – Das Águas à Memória” no dia 7 de dezembro, em duas sessões: 18h e 19h30. Já com direção de Joca Andrade, a montagem da Turma Tarde em questão é intitulada “CORPUS” (dia 6 de dezembro, às 18h e 19h30). Por fim, a Turma Noite irá encenar no Palco Principal “ECOS” no domingo (8), às 18h e 19h30; a direção é assinada pela professora Neidinha Castelo Branco. Conheça mais sobre as montagens:

 

CORPUS

 

É um espetáculo que emerge para denunciar as violências que atravessam os corpos individuais e coletivos existentes na sociedade. É uma coletânea acerca de um assunto: a violência. A violência vista em diferentes corpos, contextos e perspectivas. A violência foi o fenômeno que instigou a concepção desse espetáculo teatral. Cada cena é um recorte de determinadas violências que infligem os corpos da sociedade.

 

O espetáculo CORPUS é resultante do processo repleto de experiências da turma de 2024 do período da tarde do Curso de Princípios Básicos (CPBT), curso esse que é oferecido pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, por meio do Theatro José de Alencar, sendo este, uma referência na formação básica em teatro.

 

CORPUS é uma coletânea acerca de um assunto: a violência. A violência vista em diferentes corpos, contextos e perspectivas. A violência foi o fenômeno que instigou a concepção desse espetáculo teatral.

 

A turma de 2024 do período da tarde, sob a orientação do professor e mestre Joca Andrade, iniciou uma jornada na formação básica em teatro. Tal formação teve início em Abril de 2024, e perpassou 4 (quatro) módulos específicos do curso que são eles: Módulo 1 – Arte e Cidadania; Módulo 2 – Introdução à arte de representar; Módulo 3 – introdução à história do teatro;  4- Pesquisa e montagem cênica.

 

Cada módulo – e suas especificidades –  foram fundamentais para a concepção final do espetáculo CORPUS. O CPBT visa a coletividade, sendo assim, os alunes têm autonomia para escolher as urgências, os temas, as estéticas, as narrativas e poéticas que querem abordar em cada processo dentro do curso, até culminar na montagem de um espetáculo teatral. O professor atua como um provocador, um orientador , que com suas competências artísticas, ajuda a turma a se desenvolver enquanto atores-criadores e estudantes de um curso de teatro.

 

Durante o mês de Setembro, no início do Módulo 4 : “Pesquisa e montagem cênica” , a turma iniciou um processo de experimentações de cenas. Foram 78 cenas trabalhadas, discutidas, e depois, selecionadas coletivamente para compor o espetáculo da turma.

 

CORPUS é um espetáculo que emerge para denunciar as violências que atravessam os corpos individuais e coletivos existentes na sociedade.

 

ENTRE MARÉS

 

O espetáculo narra a história de um povoado banhado pelo mar e guiado por um farol. Um povo constituído de luz, suor, maresia e afeto, que luta pela garantia de seu direito a uma existência digna, contra uma elite gananciosa e territorialista. Uma comunidade que precisará transpor as dores e as reverberações da opressão e da hostilização com o que canta na canção: “corre em teu peito a coragem da maré”, para então alcançar a certeza de que o sol raiará mais um dia.

 

ECOS

 

A memória, como um eco, se transforma com o tempo: nunca exatamente igual ao que aconteceu, ao som original. Em ECOS, as fronteiras entre o real e o onírico se dissolvem, enquanto as palavras e os pensamentos se fundem e confundem, numa ode a quem fomos e ao que podemos ser. Entre faróis apagados, traumas geracionais e desejos atendidos, são os caminhos esquecidos, encolhidos e escolhidos por um povo, uma família e um indivíduo, que nos fazem refletir sobre como estamos moldando nossos valores, relações e identidades.

 

As narrativas trazem conflitos reais e existe nelas o desejo de contar aflições, angústias, e evidenciar o desespero por lembrar e ser lembrado. Denunciar a omissão da sociedade às demandas de pertencimento de um povo; discutir o direito de escolha e decisão das mulheres acerca dos anseios e vontades; e partilhar o sentimento de tristeza do indivíduo que perdeu o inestimável e da boleia do caminhão à beira do onírico, tenta refazer seus passos.

 

O espetáculo traz à baila uma forte reflexão sobre como a sociedade lida com as vertentes que perpassam a memória, ou a ausência dela. O tempo parece cruel, mas não é sua função acolher, sim deixar correr a vida para acontecer como deve ser.

 

Todas as questões debatidas pela turma, durante o processo criativo, desembocaram na ânsia para resgatar a voz de uma raiz ancestral; fosse por razões pessoais ou coletivas. No fundo das urgências, um mesmo fio condutor: a memória. Na história de cada atuante havia indignação pela ausência, o apagamento social e o lamento do desapego aos signos que importa para uns, mas a outros não.

 

Sobre o CPBT

O Curso Princípios Básicos de Teatro (CPBT) é realizado pelo TJA, em parceria com a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará) e a Secretaria de Educação (Seduc). Foi criado em 1991, ano em que o TJA foi reinaugurado. São mais de 30 anos de atividades gratuitas, propondo acolher jovens e adultos que tenham interesse em começar seus aprendizados e práticas teatrais. Em todos esses anos, o CPBT recebeu mais de 9 mil alunos, montou cerca de 65 espetáculos de conclusão e formou mais de 1.200 estudantes, sendo considerado o mais importante curso de iniciação teatral de Fortaleza e do Ceará. 

 

Atualmente, o CPBT mantém turmas em três turnos, sob a coordenação dos professores Juliana Veras, Joca Andrade e Neidinha Castelo Branco. Os fundamentos pedagógicos são norteados pela formação cidadã, por meio de experiências construtivas, lúdicas e estéticas. A ideia é promover a construção de hábitos e atitudes favoráveis à transformação social, em benefício da propagação de conhecimentos e valores em prol da paz e da prosperidade responsável. O curso busca proporcionar aos alunos a oportunidade de vivenciar a experiência da construção do fazer cênico, através do ensino da arte e da atuação baseada no tripé “observar-refletir-exprimir”.

 

SERVIÇO

Espetáculos de Conclusão CPBT 2024 

  • Quando: 6, 7 e 8 de dezembro (sexta a domingo)

 

DIA 6 (sexta-feira)

Turma Tarde apresenta: “CORPUS”/ Direção: Joca Andrade

45min (cada sessão) | 12 anos

Ingressos gratuitos – retirada pelo Sympla (dia 5, quinta, às 14h!)

 

DIA 7 (sábado)

Turma Manhã apresenta: “Entre Marés – Das Águas à Memória”/ Direção: Juliana Veras

50min (cada sessão) | 14 anos

Ingressos gratuitos – retirada pelo Sympla (dia 6, sexta, às 14h!)

 

DIA 8 (domingo)

Turma Noite apresenta: “ECOS”/ Direção: Neidinha Castelo Branco

60min (cada sessão) | 12 anos

Ingressos gratuitos – retirada pelo Sympla (dia 7, sábado, às 14h!)

 

Mais informações:

ASCOM TJA –  ascom.tja@idm.org.br

Teresa Monteiro – (85) 99639-6417

 

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