O Festival Ibero-americano de Cinema acontece de 25 de novembro a 1º de dezembro de 2023, com toda a programação gratuita.
“Torre das donzelas” (2018), documentário da diretora Susanna Lira, da Mostra 25 Anos Canal Brasil
O 33º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema terá quatro Mostras Paralelas realizadas em parceria com Canal Brasil, Cinemateca Brasileira, plataforma Itaú Cultural Play e Vitrine Filmes. Três delas serão presenciais: Mostra A Cinemateca é Brasileira, que inicia no dia 14 de novembro, antecedendo a abertura do Cine Ceará com uma seleção de 19 filmes importantes para a história do cinema nacional, e encerrando na noite de abertura oficial do festival; Mostra 25 Anos Canal Brasil, uma celebração pelas duas décadas e meia completadas pelo canal em 2023 com a exibição de cinco coproduções dirigidas por diretoras mulheres; e Mostra Vitrine Filmes LGBTQIA+, que contará com seis longas de temática LGBTQIA+. Com programação online, a Mostra Itaú Cultural Play exibirá, entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro, alguns dos filmes da Mostra Olhar do Ceará desta edição do festival. O 33º Cine Ceará acontecerá de 25 de novembro a 1º de dezembro em Fortaleza.
MOSTRA 25 ANOS CANAL BRASIL
A mostra retrospectiva 25 Anos Canal Brasil exibirá no Cinema do Dragão, entre os dias 26 e 30 de novembro, os seguintes filmes: documentário Setenta (Emília Silveira, 2014), premiado no Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro em 2014 (Prêmio do público e da crítica de Melhor Documentário) e no FESTin Lisboa 2015 (Prêmio do público de Melhor Documentário) e exibido no Festival do Rio – Première Brasil (2014), na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2014), Festival de Cinema de Havana (2015), Festival de Cinema Brasileiro de Paris (2015) e Festival Autres Brésil, França (2015); a co-produção Brasil-Colômbia Los silencios (Beatriz Seigner, 2017), premiada em diversos festivais, como o de San Sebastián (Espanha), Festival de Estocolmo (Suécia), Festival de Cine de Lima (Peru), Festival de Havana (Cuba), festivais de Kerala e de Goa (Índia), Festival de Milão (Itália), Festival de Chipre, Festival de Brasília e Mostra Internacional de Cinema de São Luís; o documentário La Manuela (Clara Linarth, 2019), exibido em diversos festivais no Brasil e no Festival du Cinema Brésilien de Paris 2018 (França), no Festival Internacional de Cine Documental Encuentros del Otro Cine – EDOC, de 2018 (Equador), no 27º Festival de Cine de Madrid – Plataforma Nuevos Realizadores, 2018 (Espanha) e no Femme Revolution Film Fest de 2019 (México); Torre das donzelas (Susanna Lira, 2018), premiado no mesmo ano nos festivais de Brasília (Prêmio Especial do Júri), Festival de Cinema do Rio de Janeiro (Prêmio Melhor Documentário de Longa-metragem, Melhor Direção de Documentário), 12º AtlantiDoc (Prêmio Melhor Documentário) e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Prêmio Petrobras de Cinema), e exibido no Festival Internacional de Cinema de Havana e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo; e Fico te devendo uma carta sobre o Brasil (Carol Benjamim, 2019), Menção Especial em 2019 no Festival de Amsterdã, premiado em 2020 como Melhor Documentário no 8º Indian Cine Film Festival e exibido na seleção oficial do Festival de Geneva, Festival Internacional Cine del Mar de Punta del Este, 24º Festival de Cine de Lima, no É Tudo Verdade e no Tempo Film Festival. Todos os títulos são coproduzidos pelo Canal Brasil.
MOSTRA VITRINE FILMES LGBTQIA+
Os seis longas da Mostra Vitrine Filmes LGBTQIA+, com exibição entre os dias 26 e 1º de dezembro no Cinema do Dragão, são: Corpolítica (Pedro Henrique França, 2023), que estreou nacionalmente em 2022 no Festival do Rio, teve exibição no mesmo ano na 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e foi premiado como Melhor Documentário no Queer Lisboa (Portugal) e Melhor Roteiro no Festival Internacional de Cinema de Brasília; Hoje eu quero voltar sozinho (Daniel Ribeiro, 2014), premiado em uma diversidade de festivais internacionais, como nos festivais de Berlim, de Guadalajara, no Torino Internacional LGBT Film Festival, no Frameline – São Francisco Internacional LGBT Film Festival, OutFest – Los Angeles Internacional LGBT Film Festival, NewFest – New York Internacional LGBT Film Festival, Reel Q – Pittsburgh International LGBT Festival, Hamburg Int. Queer Film Festival, e mais, Festival de Cine Iberoamericano de Huelva (Melhor Direção), Associação Paulista dos Críticos de Arte (Melhor Ator) e For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual (Melhor Filme, Melhor Ator – Guilherme Lobo e Fábio Audi – e Melhor Direção de Arte), entre outros prêmios; Mato seco em chamas (Adirley Queiróz e Joana Pimenta, 2023), exibido nos festivais Berlinale (Alemanha), 40º Festival do Uruguai, Festival de Sydney (Austrália), Festival de Amsterdã (Holanda), de Biarritz (França), de Toronto (Canadá) de Nova Iorque (EUA), de Viena (Áustria) e premiado nos festivais de Lisboa (Portugal), de Atenas (Grécia), no Black Canvas Festival de Cine Contemporáneo (México), Lima Alterna Festival Internacional de Cine (Peru), Mar del Plata (Argentina), Festival Caminhos do Cinema Português (Portugal), Panorama Coisa de Cinema (Brasil) e Festival de Brasília; Tinta Bruta (Felipe Matzembacher e Marcio Reolon, 2018), premiado nos festival de Berlim (Alemanha), Guadalajara (México), Wicked Queer: Boston LGBT FF 2018 (EUA), Outfest Los Angeles 2018 (EUA) entre outros; Madalena (Madiano Marcheti, 2021), premiado nos Festival de Istambul (Turquia), de Lima (Peru) e no Inffinito Brazilian Film Festival (EUA) e exibido também em festivais de Rotterdam (Holanda), San Sebastián (Espanha), festivais nos Estados Unidos, na Ucrânia, em Taiwan, na Austrália e na Polônia; e Paraíso perdido (Monique Gardenberg, 2018), premiado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (Melhor Trilha Sonora, Melhor Atriz Coadjuvante), Prêmio Guarani (Melhor Trilha Sonora), Associação dos Críticos de Arte de São Paulo (Melhor Elenco) e Prêmio ABC – Associação Brasileira de Cinematografia.
MOSTRA A CINEMATECA É BRASILEIRA
A mostra A Cinemateca é Brasileira chega a Fortaleza numa parceria entre o Cine Ceará, o Cineteatro São Luiz, o mais antigo cinema de rua aberto no Ceará, que faz parte da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará, gerido pelo Instituto Dragão do Mar, e a Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul. Em circulação no país, a mostra faz parte do Projeto Viva Cinemateca, que conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú Unibanco, como copatrocinador, via Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. Lançado em junho, o projeto reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica. Em Fortaleza a mostra começa no dia 14 de novembro e termina no dia 25 deste mês, na abertura oficial do 33º Cine Ceará. Na ocasião, será exibido um dos filmes mais premiados do cinema brasileiro, o curta-metragem “Ilha das Flores” (1989), de Jorge Furtado, e estará presente a Diretora Geral da Cinemateca Brasileira, Maria Dora Mourão.
Em exibição na Mostra, filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história. São eles: São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário; o mitológico e vanguardista Limite (Mário Peixoto, 1931); Carnaval Atlântida (José Carlos Burle, 1952), com a “dupla do barulho” Grande Otelo e Oscarito; Jeca Tatu (Milton Amaral, 1959), título no qual Amácio Mazzaropi desenvolveu a figura do caipira, seu personagem mais conhecido; a superprodução da Vera Cruz O cangaceiro (Lima Barreto, 1953); Cinco vezes favela (Marcos Farias; Carlos Diegues; Miguel Borges; Joaquim Pedro de Andrade; Leon Hirszmann, 1962); o filme mais conhecido de Glauber Rocha, Deus e o diabo na terra do sol (1964); O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, 1968); O pagador de promessas (Anselmo Duarte, 1962), filme produzido por Oswaldo Massaini que conquistou a única Palma de Ouro no Festival de Cannes para o Brasil; À meia-noite levarei sua alma (1964), no qual José Mojica Marins criou seu icônico personagem Zé do Caixão; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, cineasta que se afasta das propostas do Cinema Novo para realizar um filme influenciado pelo tropicalismo, baseado na obra clássica de Mário de Andrade; Dona Flor e seus dois maridos (Bruno Barreto, 1979), uma adaptação da obra de Jorge Amado que faz números de bilheteria impressionantes.
Chegando aos anos 1980, dois documentários de grande impacto na década: Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984) e Ilha das Flores (Jorge Furtado, 1989); a ficção A Hora da Estrela (Suzana Amaral, 1985), adaptação da obra homônima de Clarice Lispector que revelou o talento de Marcélia Cartaxo, vencedora do prêmio de Melhor Atriz no Festival de Berlim; Central do Brasil (Walter Salles, 1998), uma das obras mais importantes da chamada retomada do cinema brasileiro, nos anos 1990, que venceu o Urso de Ouro e o prêmio de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998; Cidade de Deus (Fernando Meirelles e Kátia Lund, 2002), vencedor de dezenas de prêmios nacionais e internacionais, indicado ao Oscar em quatro categorias e, até hoje, é o filme brasileiro com maior número de indicações ao prêmio da Academia. E os mais recentes, Bacurau (Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, 2019), prêmio do júri na competição oficial do Festival de Cannes, que mistura crítica social e distopia para contar a história de um povoado nordestino que subitamente some do mapa; e Marte Um (Gabriel Martins, 2023), produzido na periferia de Contagem (MG), para mostrar o cotidiano de uma família negra de baixa renda e o sonho do filho caçula em viajar para Marte. O longa estreou no Festival de Sundance e foi o Melhor Filme, na escolha do público, do Festival de Gramado.
MOSTRA ITAÚ CULTURAL PLAY
A plataforma Itaú Cultural Play, em parceria com o Cine Ceará, exibirá alguns dos curtas e longas metragens que concorrem este ano na Mostra Olhar do Ceará. Dos oito longas-metragens e 15 curtas que estão na competitiva exclusiva de produções cearenses, a Mostra Itaú Cultural Play exibirá dois longas e 11 curtas. São eles: os longas Amilton Melo – ídolo de todos (Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo. 2023) e Os maluvidos (Josenildo Nascimento e Gislandia Barros, 2022).
Os curtas que serão exibidos na plataforma Itaú Cultural Play são: A humanidade que me resta (Kieza Fran Nascimento, 2023), Alienígena (Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes, 2023), As Velas do Monte Castelo (Lanna Carvalho, 2022), Camurupim (Allan Matheus, 2022), Encruzilhadas do som (Edigar Martins, 2023), Noites em claro (Elvis Alves, 2022), O primeiro movimento é explosão (Grenda Costa, 2022), Quando o passado for presente lembra-se de mim no futuro (Rafael Vilarouca, 2022), Terral (Alisson Emanoel e Carol Cavalcante, 2023), Todo mundo tem um anjo (Neil Armstrong Rezende, 2023) e Urubu aterrado (Cris Sousa e Weslley Oliveira, 2023).
O Festival
O 33º Cine Ceará é uma realização do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual, da Associação Cultural Cine Ceará e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), da Universidade Federal do Ceará, via Casa Amarela Eusélio Oliveira, Apoio Cultural da Universidade de Fortaleza (Unifor) e do Canal Brasil, e tem parceria com o Cineteatro São Luiz e o Cinema do Dragão, equipamentos da Secult Ceará, geridos pelo Instituto Dragão do Mar, onde serão realizadas as exibições. Patrocínio Vip: Nacional Gás, Esmaltec e Indaiá. Patrocínio: Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) e Itaú.
SERVIÇO
33° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema – De 25 de novembro a 1º de dezembro de 2023 em Fortaleza, Ceará. Site: www.cineceara.com. Instagram: @cineceara, Facebook: Festival Cine Ceará. E-mail: contatos@cineceara.com.