Adquirir um imóvel é o sonho de grande parte dos brasileiros, mas os altos custos ainda são um gargalo nesse caminho. O modelo de multipropriedade, ainda novo do Brasil, mas com grande adesão no exterior, propõe uma forma mais possível de realizar esse sonho, a partir de cotas de um empreendimento, tendo assim mais de um dono para o mesmo imóvel.
“Assim como todo investimento, tem prós e contras. No caso da propriedade privada, por exemplo, seriam os altos custos com manutenção e a possível ociosidade do imóvel. No caso da multipropriedade, ter datas pré-estabelecidas e fazer as definições sobre o imóvel em conjunto”, explica André Fernandes Andrade, advogado, especialista em direito imobiliário e regularização de imóveis.
Fernandes elencou alguns prós e contras de cada modelo e o que levar em conta na hora de fazer a escolha. Enquanto o conceito propriedade privada é tradicional e amplamente difundido no país, o de multipropriedade é inovador e visto com bons olhos pelo mercado imobiliário:
Multipropriedade: Compartilhando para Economizar
A multipropriedade é um conceito que ganhou destaque nas últimas décadas. Nesse modelo, algumas pessoas compartilham a propriedade de um bem imóvel, como um apartamento em um resort ou uma cabana na montanha. Cada coproprietário adquire o direito de uso durante um período específico do ano, geralmente por meio de contratos de tempo compartilhado.
Propriedade Privada: único proprietário, custos concentrados
A propriedade privada, por outro lado, é o modelo tradicional em que um único proprietário possui o controle completo de um bem imóvel, arcando com seus custos integralmente. Esse proprietário tem o direito de uso e decisão sobre o imóvel sem restrições.
Comparando os Modelos
Custos Iniciais: Na multipropriedade, os custos iniciais são significativamente menores, já que são compartilhados entre os coproprietários. Na propriedade privada, o comprador arca com todos os custos sozinhos.
Flexibilidade: A multipropriedade oferece flexibilidade na escolha de locais e dados, mas com especificações definidas em contratos. Na propriedade privada, a forma de uso fica a critério do proprietário.
Investimento: Uma propriedade privada é frequentemente vista como um investimento tradicional, com possível valorização ao longo do tempo e poderá ser vendido em sua totalidade. Na multipropriedade, o valor da cota adquirida aumenta de acordo com a valorização do imóvel.
Manutenção e Despesas: Na multipropriedade, as despesas de manutenção são compartilhadas, simplificadas e o ônus é dividido com cada coproprietário. Na propriedade privada, todas as despesas ficam a cargo do proprietário único.
Por fim, a escolha entre multipropriedade e propriedade privada depende das preferências pessoais, dos objetivos financeiros e do estilo de vida. É importante considerar os números relevantes e pesar os prós e contras de cada modelo antes de tomar uma decisão.