Segundo a fisioterapeuta pélvica e sexóloga Débora Pádua, os vibradores entram em contato direto com mucosas sensíveis e, quando não são higienizados corretamente, podem se tornar um ambiente propício para a proliferação de microorganismos prejudiciais à saúde íntima”, explica. Entre os principais problemas causados pela má limpeza estão a vaginose bacteriana, candidíase e infecções do trato urinário, todas condições que podem gerar desconforto, coceira, dor e alterações no equilíbrio da flora vaginal.

A especialista destaca que a limpeza deve ser feita antes e depois do uso, e o método correto pode variar de acordo com o material do acessório e indica a melhor maneira de fazer a higienização de acordo com cada material:

  • Silicone, vidro e metal: Devem ser lavados com água morna e sabão neutro. Para uma limpeza mais profunda, pode-se utilizar um higienizador específico para sex toys.
  • Acessórios à prova d’água: Podem ser submersos e lavados com mais facilidade. No entanto, é importante garantir a secagem completa antes de guardar.
  • Dispositivos elétricos não à prova d’água: A higienização deve ser feita apenas com um pano úmido e sabão neutro, evitando contato direto com a água para não danificar os componentes eletrônicos.
  • Atenção ao armazenamento: Após a limpeza, é fundamental secar bem o acessório e armazená-lo em local limpo e seco, de preferência dentro de um saquinho ou estojo próprio para evitar contaminação.

Outro ponto de atenção que Débora explica é sobre o uso de lubrificantes. “Os produtos à base de silicone podem degradar a superfície dos vibradores feitos do mesmo material, favorecendo fissuras que acumulam sujeira e microorganismos. O ideal é optar por lubrificantes à base de água para maior segurança, afirma.

“Cuidar da higienização desses acessórios não é apenas uma questão de limpeza, mas de saúde íntima. Pequenos hábitos podem prevenir infecções sérias e garantir uma experiência mais segura e prazerosa”, reforça Débora.
Mais informações:

Mayra Barreto Cinel – Comunicação

(11) 9.9986-8058
Serviço:

Débora Padua, educadora e fisioterapeuta sexual @vaginismo

Graduada pela Universidade de Franca (SP), fundadora da primeira clínica de dor na relação sexual do Brasil, autora dos livros ‘Vaginismo, dor na relação não é normal’ e ‘Prazer em Conhecer – você acha que sabe tudo sobre sexo?’. Pertenceu a equipe do Dr José Bento por 5 anos e no Centro Avançado de Urologia de Ribeirão Preto. Atua na área de fisioterapia Pélvica e sexualidade há mais de 20 anos.