Com sensação térmica de mais de 40ºC em alguns locais, o Brasil enfrenta uma onda de calor nunca antes vista. Preocupada com a saúde, a população está atenta para problemas mais comuns, como é o caso da desidratação, taquicardia e até infarto, em casos de pessoas que possuem problemas cardiovasculares pré-existentes.
Mas, além dessas preocupações, outro alerta deve ser feito: o calor elevado pode prejudicar a fertilidade masculina, comprometendo diretamente a qualidade dos espermatozoides. De acordo com o médico especialista em reprodução assistida, Marcelo Cavalcante, o dado é mencionado em uma pesquisa da ASRM – American Society for Reproductive Medicine.
“A temperatura adequada para a produção de espermatozóide varia entre 32ºC e 35ºC. Quando há uma elevação dessa temperatura, mesmo que apenas um grau a mais, já consideramos o bastante para causar um impacto na fertilidade. Esse risco aumenta se a pessoa ficar constantemente em um local onde a temperatura está elevada, podendo impactar na diminuição de té 40%”, explica o médico.
Como reverter
Em um panorama onde o problema é ambiental, a diminuição desse impacto é feita com a adesão de uma rotina mais saudável, o que pode levar ao aumento da contagem de espermatozóides. Consumir legumes ricos em antioxidantes, praticar atividade física, evitar cigarro, álcool e drogas, além de dormir bem são algumas das formas ideais.
Além disso, o homem deve ter total atenção ao corpo e aos indicadores que possam aparecer. “O homem tentante deve procurar um especialista em reprodução e decidir, em conjunto com o profissional, quais medidas podem ser tomadas após o diagnóstico do caso”, finaliza o profissional.