O estresse pode se refletir em cansaço, tontura, alergias, gastrite e até mesmo dificuldade para dormir, mas o que os especialistas em medicina reprodutiva alertam é como o estresse está intimamente relacionado às taxas hormonais que afetam diretamente as funções do ovário e podem diminuir as chances das mulheres engravidarem, tudo isso porque essa resposta emocional está ligada à produção de hormônios, afetando diretamente as funções do corpo.

A especialista em medicina reprodutiva e diretora da cínica Fertibaby Ceará, Lilian Sério explica que uma pessoa sob constante estresse, por exemplo, pode ser afetada por várias reações neuroquímicas que bloqueiam o corpo contra influências externas que viriam a prejudicar o organismo. “O estresse interfere na liberação do hormônio luteinizante (LH), considerado gatilho para a ovulação. É o pico de LH que desencadeia a ovulação. Se esse hormônio está bloqueado, a ovulação não se dá, e, sem ovular, também não tem gravidez”, disse.

A médica também fala que o estresse pode prejudicar a gravidez in vitro. “A falta do hormônio luteinizante também é problemática porque altera a capacidade de o útero perceber a fertilização como uma coisa boa, o que faz com que seja mais difícil de manter. Em todos os casos, é ideal que a gravida ou a mulher que esteja tentando engravidar busque o auxílio de uma equipe multidisciplinar para entender a causa das irregularidades no organismo e no psicológico, a fim de que o sonho de ser mãe seja concretizado”, disse.