A psicóloga estava coordenando um projeto na mesma ONG no dia em que Marielle Franco, uma referência política, foi morta a tiros.

Nesta semana, a Pague Menos convidou a baiana Lumena Aleluia, psicóloga, DJ, influenciadora e criadora de conteúdo, para ser entrevistada em seu podcast, o PodSempre. O programa explora uma variedade de tópicos relacionados à saúde, beleza, qualidade de vida e bem-estar. Durante sua participação, Lumena compartilhou detalhes de sua infância, sua jornada profissional e a experiência traumática da perda de Marielle Franco. O episódio com a entrevista já está disponível nesta quarta-feira, 24 de maio, no canal do YouTube da rede de farmácias.

Nascida e criada em Salvador (BA), a filha única carrega em sua essência as raízes da Bahia, manifestando-se por meio da musicalidade e de uma relação profundamente enraizada com a arte e a dança. “Acho que eu neguei muito o desejo de ser artista e, agora, estou conseguindo retomar de maneira mais consciente, responsável e madura”, reforça Lumena. 

No que diz respeito à sua trajetória profissional, a influenciadora ressaltou a busca por uma carreira socialmente reconhecida e estável. Os pais de Lumena desejavam que ela se tornasse juíza, mas ela optou pela psicologia em uma decisão precoce, impulsionada pela ansiedade de compreender e buscar respostas, bem como de se autoconhecer. Após concluir sua formação, a psicóloga prestou concurso para um programa de residência no Rio de Janeiro, onde foi aprovada e atuou como psicóloga durante dois anos, sempre focada na saúde da mulher. Além disso, ela também trabalhou com mulheres imigrantes. Durante sua jornada no Rio de Janeiro, a influenciadora desempenhou ainda o papel de DJ, levando consigo a musicalidade baiana para o estado carioca. “Foi de uma maneira lúdica e gostosa”, reforça.

No que diz respeito às relações interraciais, a influenciadora ressalta que desde a infância ela já enfrentava situações difíceis relacionadas a comentários, gestos e eventos. Um desses episódios ocorreu quando ela era aluna de ballet, pois ela era a única bailarina negra e questionava por que precisava alisar seu cabelo para se sentir incluída de forma positiva naquela experiência. “No ballet, eu estava vendo todas as minhas amigas de cabelo liso, super bem adaptado à estética da bailarina e quis fazer parte também. Então, a solução oferecida foi o alisamento. Perdi a memória do meu cabelo aos 5 anos de idade”, reforça a DJ. 

Políticas públicas para mulheres e a participação na casa mais vigiada do país

A influenciadora mencionou que, ao decidir participar da casa mais vigiada do país, estava ansiosa para se afastar de uma militância intensa, uma vez que havia passado por um momento dramático com a perda de uma importante figura política, Marielle Franco, o que a levou a questionar diversos valores. “Eu estava na ONG com a Mari cerca de 15 minutos antes dela morrer. Eu era coordenadora de um projeto naquela casa que utilizava o cinema como um processo de fortalecimento para incluir mais mulheres na área de audiovisual, quando ela foi fazer o evento. Eu fiquei com as meninas fechando a ONG, ela entrou no carro e aí tudo aconteceu…Uma chuva imensa no dia, parecia que o Rio de Janeiro estava se transformando energeticamente pela perda”, reforça. 

Após esse acontecimento, a Lumena iniciou uma reflexão profunda sobre seus próprios valores, a natureza da militância e as experiências que estavam sendo proporcionadas às lideranças que estavam se destacando.

Assim, participar do programa se tornou o ponto crucial de virada em sua jornada, portanto, decidiu se inscrever secretamente, sem revelar isso à sua família. “Fiz terapia em rede nacional. Desde dinâmica, até o jogo da discórdia, todo mundo está aberto para viver aquele momento, dentro do que era possível viver, com as experiências possíveis de se compartilhar. Eu estava a fim de me liberar e de ressignificar. Nem sabia que existia aquela Lumena do programa”, finaliza. 

Conforme relatado pela psicóloga, uma das partes mais difíceis da convivência na casa foi a perda de elementos cruciais para sua rotina diária. Isso incluía a falta de interação com familiares, a ausência de música, a privação de sabores e a ausência dos códigos que faziam parte de sua vida cotidiana, como acordar em sua própria cama e ter a liberdade de escolher com quem se relacionar e o que comer. Embora essas sejam coisas básicas, dentro do confinamento, a falta delas começava a ter um impacto cruel. “Eu pensava, no máximo, na minha família me assistindo. A gente vai perdendo a dimensão que tem milhões de pessoas assistindo e isso faz parte do game”, pontua. 

Após sua participação no programa, a influencer revelou que sua família passou por ameaças e enfrentou uma série de críticas racistas. “Eu saí do hotel direto para minha casa de santo. Ali, encontrei as pessoas que me conhecem verdadeiramente e fazem me lembrar quem sou. Pois você começa acreditar na narrativa da internet e acontece uma crise de identidade. A minha edição do programa materializava a palavra cancelamento de maneira muito forte”, finaliza. 

Além disso, durante o período pós-programa, no meio de um processo de separação amorosa, a influenciadora, assumiu abertamente sua bissexualidade e decidiu participar de outro reality show centrado em relacionamentos e ex-namorados (as). “Peguei o ex-namorado de outras pessoas, me envolvi em jornadas e ressignifiquei que eu tenho uma piriguete que estava velada, adormecida dentro de mim”, pontua. 

Antes de participar do reality show, a influenciadora optou por postar conteúdo adulto no OnlyFans. Essa foi uma iniciativa para resgatar a sensualidade que havia negado a si mesma por muito tempo e comunicar esse aspecto em suas redes sociais. “Foi um ensaio superlegal, uma equipe que entendia das minhas vergonhas e limites, foi uma vibe muito de resgatar minha sensualidade”, finaliza Lumena.  

Polêmica das fezes: um episódio extremamente perturbador para a influenciadora ocorreu quando ela estava morando em São Paulo e encontrou dois sacos de fezes na porta de sua casa. Abalada e chorando, ela mencionou na época que havia contatado sua advogada para lidar com a situação.

No que diz respeito à saúde, Lumena revela que foi diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No entanto, ela destaca que consegue controlar essa condição por meio de estratégias, autodeterminação e uma rotina bem estabelecida, o que ajuda a minimizar os riscos de falta de atenção.

O PodSempre, que foi lançado em outubro de 2022, tem recebido vários convidados especiais, incluindo Solange Almeida, Sheila Mello, Luciano Szafir, Simony, Viih Tube, Gustavo Tubarão, entre outros. Eles compartilharam histórias de vida, superação e saúde, que são relevantes para conscientizar os seguidores. Confira essas e outras histórias clicando aqui.

Sobre as Farmácias Pague Menos e Extrafarma

A Pague Menos e Extrafarma estão presentes nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal. Contam com aproximadamente 1.600 lojas, distribuídas em 389 municípios, com cerca de 25 mil colaboradores, além de uma plataforma omnichannel, que possibilita ao cliente comprar como quiser e receber seus produtos como preferir. Líderes nas regiões Norte e Nordeste, a Pague Menos e Extrafarma são hoje o Hub de Saúde da classe média expandida, com mais de mil unidades do Clinic Farma em todas as regiões do país.