Nutricionista aponta a influência da substância na saúde

 

Bebida consumida em todo o mundo e de diferentes formas. Gelado, quente, batido com leite, em bombom ou molhos, o café é uma iguaria que faz parte do cotidiano de muitas pessoas. O Dia Mundial do Café é lembrado em 14 de abril e, para se ter ideia do poder do grão, em fevereiro do ano passado, apesar de estarem em queda, as vendas do café brasileiro chegaram a quase 3,5 milhões de sacas, equivalente a mais de 200 mil toneladas.

 

A nutricionista e professora do Centro Universitário Christus (Unichristus), Iramaia Bruno, aponta que, além das características sensoriais, de sabor e aroma, a comunidade científica estuda os potenciais impactos do café na saúde. “Os primeiros estudos sobre esses efeitos tiveram como base, unicamente a cafeína e os seus efeitos fisiológicos, sempre com alguma conotação negativa. Atualmente, novas linhas de investigação têm enfatizado outros componentes químicos presentes no café, revelando potenciais resultados benéficos e protetores à saúde”, afirma a profissional.

 

Entre os benefícios da cafeína, principal componente psicoativo do café, estão a melhoria na performance cognitiva e psicomotora, do estado de alerta, da energia, da capacidade de concentração e do desempenho em tarefas simples, além da diminuição da sonolência e do cansaço.

 

Suas propriedades vasoconstritoras a nível central têm eficiência comprovada no alívio de dores de cabeça, daí ser comum a associação da cafeína com medicamentos usados para cefaleias. Outra característica da bebida é a alta concentração de antioxidantes, que evitam que as células sejam oxidadas por toxinas, substâncias químicas e inflamações.

 

Quando o consumo deve ser avaliado

As especulações sobre o malefício da bebida são muitas, já que é preciso levar em conta diferentes fatores, como qualidade e quantidade dos compostos químicos presentes nos grãos, incluindo as doses ingeridas. O consumo é considerado moderado quando se toma de três a cinco doses diárias de café, entre 150 e 300 mg de cafeína por dia, e cada xícara de café contém, em média, 80 mg de cafeína.

 

Há, ainda, o mito de que a bebida é viciante. “De um modo geral, a maioria dos consumidores de café não parece desenvolver dependência da cafeína. Entretanto, alguns estudos descrevem que esta situação se pode verificar em pequenos subgrupos da população, como em indivíduos com história de abuso de substâncias químicas ou desordens psiquiátricas, situação que coloca o risco de dependência da cafeína como relativamente baixo”, afirma a nutricionista.

 

Mesmo com essas ponderações, o café pode ser considerado um hábito que une pessoas e é um importante fator cultural alimentar. Afinal, reunir-se com amigos para tomar um café é um evento social muito praticado mundo afora.

 

Para mais informações sobre as propriedades da bebida, sugerimos conversar com a nutricionista e professora da Unichristus, Iramaia Bruno.