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A obesidade, um dos principais problemas de saúde no mundo, agora conta com novos critérios para diagnóstico, que deixam de lado o foco exclusivo no índice de massa corporal (IMC) e passam a considerar o excesso de gordura e seus impactos no funcionamento dos órgãos e tecidos. A proposta, que inclui 18 indicadores, busca tornar o diagnóstico mais preciso e ampliar as possibilidades de tratamento personalizado.

A redefinição divide a obesidade em duas categorias: a pré-clínica, quando há excesso de gordura sem afetar o funcionamento dos órgãos, e a clínica, quando esse excesso provoca disfunções no organismo. Os novos critérios abrangem diferentes áreas do corpo, como sistema nervoso, metabolismo, coração e saúde reprodutiva.

Para o médico Marcelo Cavalcante, a mudança é um avanço importante. “Os novos critérios reconhecem que a obesidade vai além do peso, permitindo diagnósticos mais precisos e um tratamento mais personalizado”, explica.

Além disso, ele destaca a necessidade de ampliar o olhar para certos aspectos. “A nova definição é um passo à frente, mas deixa de fora questões importantes, como os efeitos da obesidade na qualidade de óvulos, espermatozoides e no preparo do corpo para a gravidez. É essencial incluir esses fatores em futuras revisões”, diz.