Na semana em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, no dia 24, reforçar a importância da conscientização sobre a doença, que é o tipo de câncer mais frequente no país, torna-se ainda mais uma prioridade para os especialistas.
A dermatologista Lia Albuquerque, alerta que alguns sinais podem indicar a presença do câncer de pele e devem ser observados com mais atenção. “Lesões que não cicatrizam, pintas que mudam de tamanho, forma ou cor, ou manchas que coçam, ardem ou sangram precisam ser avaliadas por um dermatologista. O diagnóstico precoce é essencial para um tratamento eficaz”, explica a especialista. Além disso, feridas que não completam o processo de cicatrização depois de 4 semanas e lesões cutâneas com aspecto translúcido, castanho ou multicolorido com crosta central podem ser indicativos do câncer.
A profissional reforça a importância da proteção solar no dia a dia. “O uso de protetor solar com fator de proteção 30 ou maior, chapéus, roupas com proteção UV e a busca por sombra nos horários de maior intensidade solar, entre 10h e 16h, são atitudes simples que reduzem muito o risco de desenvolver câncer de pele. Além disso, exames regulares com um dermatologista ajudam a identificar lesões suspeitas antes que se tornem graves”, orienta.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele representa cerca de 33% de todos os casos registrados anualmente. O crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele é a causa da doença. O tipo mais comum é o câncer de pele não melanoma, que apesar de possuir letalidade baixa, acumula altos registros de casos. Já o carcinoma, é o melanoma mais agressivo e registra cerca de 8 mil casos anualmente. A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para salvar vidas.
Além da conscientização individual, a data também chama atenção para a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso ao diagnóstico e ao tratamento, especialmente em regiões mais vulneráveis. O Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele é uma oportunidade de mobilização para proteger a saúde da população e disseminar informações que podem salvar vidas.