A relação entre as duas doenças se dá pelo fato de a obesidade estar associada a níveis elevados dos hormônios sexuais, inflamação crônica e resistência à insulina.
Reconhecida como um problema de saúde global, a obesidade, além de trazer consequências acarretadas pela própria condição, pode ainda ser porta de entrada ou fator de risco para outras enfermidades tão ou mais graves, como é o caso do câncer de próstata.
A relação entre as duas doenças se dá pelo fato de a obesidade estar associada a níveis elevados dos hormônios sexuais, inflamação crônica e resistência à insulina, fatores que podem contribuir para o desenvolvimento e progressão do câncer de próstata.
O médico André Guanabara, que atua na área da nutrologia, reforça a importância dos hábitos de vida saudáveis desde a juventude, como forma de combater a obesidade e, consequentemente, outras enfermidades.
“A obesidade por si só já é um fator de risco, mas ela também deixa o organismo mais vulnerável a outros tipos de doenças, sendo uma delas o câncer, como o câncer de próstata. Dessa forma, para combatê-la, algumas medidas como a prática de exercícios físicos, alimentação equilibrada, sono de qualidade, ações essas que vão tornar o estilo de vida do paciente mais saudável, protagonizando um controle do peso, e, consequentemente, evitando não só à obesidade, mas também outras enfermidades que lhe acompanha”, explica.
Se avaliados pelos médicos como uma solução importante, os medicamentos também podem ser administrados contra a obesidade. Aprovado pela Anvisa neste ano, o Mounjaro surge como opção que alia eficácia e saúde ao processo de emagrecimento. O medicamento apresenta potenciais benefícios no tratamento de condições como sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica, com a perspectiva de alcançar uma redução em torno de 20% do peso corporal total.
No entanto, o médico André Guanabara alerta que, junto ao uso do Mounjaro, com acompanhamento médico, o paciente também necessita ter outros hábitos para alcançar o resultado esperado.
“É importante destacar que o uso de qualquer medicamento só deve ser feito sob a recomendação médica. No caso do Mounjaro, se faz ainda mais necessária uma abordagem completa, integrada a um acompanhamento multidisciplinar, com psicólogo, nutricionista, educador físico, para proporcionar não apenas resultados rápidos, mas também sustentáveis”, explica.