O festival acontecerá de 9 a 15 de novembro de 2024 em Fortaleza. Toda a programação tem acesso gratuito.

“Kila & Mauna”, de Ella Monstra, é um dos curtas da Mostra Olhar do Ceará.

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O 34º Cine Ceará selecionou 20 filmes de curta-metragem e três longas-metragens para a mostra competitiva Olhar do Ceará, dedicada exclusivamente a filmes de produtoras cearenses ou dirigidos por cearenses, residentes ou não no estado de origem.  O gênero ficção é maioria entre os curtas, com oito produções. E mais, seis documentários, quatro curtas de animação, e dois filmes híbridos, sendo um ficção/animação e um ficção/documentário. Os três longas-metragens selecionados para a mostra são filmes documentários. O Melhor Curta-metragem e o Melhor Longa-metragem da mostra receberão o Troféu Mucuripe.

 

Com acesso gratuito a toda a programação, o Cine Ceará acontecerá de 9 a 15 de novembro de 2024, com mostras competitivas, exibições especiais, mostras sociais, debates, homenagens, cursos, entre outras atividades. Para as exibições, o festival estará no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM).

 

O 34º Cine Ceará é uma realização do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual, da Associação Cultural Cine Ceará e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), apoio da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), e da Universidade Federal do Ceará, através da Casa Amarela Eusélio Oliveira. Parceria: Canal Brasil. Conta ainda com o patrocínio da Ambev, da Freitas, do Itaú, da Nacional Gás e Esmaltec através da Lei Rouanet.

 

A curadoria da Mostra Olhar do Ceará desta edição foi realizada por Layla Braz, produtora, produtora executiva e curadora de mostras e festivais de cinema. É diretora artística e coordenadora geral da Semana de Cinema Negro. Coordenadora e produtora executiva da Mostra de Cinema Árabe Feminino. Produtora de retrospectivas dos diretores Med Hondo (2021) e Ousmane Sembène (2023). Coordenadora e produtora da Mostra Cinema e Narrativas da Diáspora Negra e Mulheres Negras e o Cinema – Conhecer o presente e inventar o futuro (2023). Em seus trabalhos, fomenta a construção de um olhar que tenha como urgência trazer para o primeiro plano as narrativas e os corpos historicamente alijados, com atenção especial ao trabalho de pessoas negras.

 

OS LONGAS DA MOSTRA OLHAR DO CEARÁ

 

Antônio Bandeira – O Poeta das Cores. Joe Pimentel. Documentário. 80’. Brasil. 2024

Biografia do pintor cearense Antônio Bandeira, conduzida pelo sobrinho Francisco Bandeira em uma imersão delirante nas memórias do artista. Vida, obra e legado desvendam a trajetória do pintor.

 

Cante lá que eu conto cá. Iziane Mascarenhas. Documentário. 84’. Brasil. 2024

O filme destaca personagens referenciais em diversas áreas de atuação para dar visibilidade ao modo de vida dos povos da Chapada do Araripe em narrativas sempre associadas a um pássaro da região.

 

Filhos do Vento. Euziane Bastos e Rogério Bié. Documentário. 66’. Brasil. 2024

O filme mergulha nos conflitos socioambientais e resistência vividos na comunidade quilombola do Cumbe, em Aracati, no Ceará, diante da chegada de um parque eólico em 2008. Sem serem consultados, os moradores deram início a uma luta contra os impactos que o empreendimento causou aos seus modos de vida, cultura e relação com o território.

OS CURTAS DA MOSTRA OLHAR DO CEARÁ

 

A Mulher Barco. Tibico Brasil. Documentário. 16’. Brasil. 2024

A arte tem alma? Documentário sobre a obra ‘La Femme-bateau” do artista cearense Sérvulo Esmeraldo. As várias encarnações da mulher-barco que voltou ao seu lugar de afeto nas longarinas da Ponte dos Ingleses.

 

Almadia. Mariana Medina. Animação. 8’. Brasil. 2024

Em meio à paisagem nordestina, uma história que entrelaça a jornada de um jangadeiro ao mar com as emoções enfrentadas pela família em terra firme. Destacando a luta individual de cada personagem contra seus próprios desafios. XIV Edital de Cinema e Vídeo – Produções Secult Ceará.

Sobre o curta: Participou do 13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, mostra Pequenos Olhares; e do III Muído: Festival de Cinema de Campina Grande – Mostra Mundaréu.

 

Calcanhar. Lara Brito e César Gomes. Ficção. 21’. Brasil. 2024

Maria é uma atriz de teatro portuguesa que nunca teve um papel de destaque. Cansada, segue o conselho do seu irmão e usa uma nova droga que promete melhorar o seu desempenho. Os efeitos colaterais são desconhecidos e o estado mental de Maria é afetado. Seria melhor viver o resto dos seus dias no esquecimento?

 

Cavalo Serpente. Priscila Smiths. Ficção/documentário. 6’. Brasil. 2024

Através de fotografias são investigadas pistas de um segredo que minha tataravó repassou para minha irmã e ficou guardado em um sonho até eu nascer.

 

Cidade Ruína. ISAAAKI e Mabi Sousa. Documentário. 9’. Brasil. 2023

Dessas praias almejaram o futuro. Projetaram. Construíram. Firmaram pactos. Brindaram à beira do mar. A maresia já se infiltrava por entre seus alicerces. Nada sobrará no futuro, além das praias de sal que nos banham.

Sobre o curta: Participou do 22º Noia – Festival do Audiovisual Universitário; Yeast International Student Film Festival; FAS – Festival de Amostras do Sul; e 13ª Mostra Unifor de Cinema.

 

Crayon. Juno e Becca Lutz. Ficção/Animação.13’. Brasil. 2022

Mel é uma artista trans que usa seus desenhos como refúgio. Quando seu autorretrato, Crayon, ganha vida, a protagonista passa a ser perseguida por ele.

Sobre o curta: Participou este ano do 18º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero.

 

Fotossíntese. Rodrigo do Viveiro. Animação. 6’. Brasil. 2024

Brotinho é uma semente que nasce diferente dos outros Brotinhos. Enquanto todos os outros seres grama crescem e ganham formas robustas de árvores, os Troncos Árvores, Brotinho demora para alcançar suas modificações e acaba sofrendo bullying. Porém, quando sua transformação acontece, agora o Tronquinho Florido entenderá o motivo de ser diferente dos outros.

 

Juzé. Raquel Garcia. Animação. 11’. Brasil. 2023

Uma baleia perdida no oceano encontra uma criança naufraga. Com seu canto, ela acorda a criança que escuta pela primeira vez na vida. Contudo, um evento trágico as separa, e Juzé, cresce carregando a lembrança desse momento único.

Sobre o curta: Participou dos festivais Baixada Fluminense; Independent Shorts Awards 2023 Finalist; FICI – Festival Internacional de Cinema Infantil; e 23ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.

 

Kila & Mauna. Ella Monstra. Ficção. 19’. Brasil. 2023

Uma ligação no meio da noite pode mudar todos os caminhos. Em busca de Triz, uma amiga desaparecida, Kila e Mauna se encontram em uma jornada de resgate. Para chegar aonde querem terão que atravessar os desertos que o tempo sedimentou entre elas.

Sobre o curta: O curta foi vencedor do Troféu Elke Maravilha de Melhor Filme Cearense no 18º For Rainbow; teve estreia nacional com exibição e debate na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes; foi finalista de Melhor Direção de Fotografia no Prêmio ABC 2024.

 

Neblina. Milene Coroado. Ficção. 9’. Brasil. 2023

Num dia cálido de verão, duas pessoas deixam-se abafar por comportamentos frívolos, estranhos ou absurdos; enquanto uma delas desaparece misteriosamente, a outra refresca-se num lago perto de uma povoação em festa.

Sobre o curta: Participou do Shortcutz Lisboa [Competição de abril]; CINENOVA Interuniversity Film Festival; Caminhos Film Festival [Seleção Ensaios]; Curtas Vila do Conde International Film Festival [Take One! Competition].

 

O Verbo. Juliana Craveiro e Lucas Souto. Ficção. 20’. Brasil. 2024

Uma jovem estudante de física, é filha de uma mãe abusiva que a obriga a participar dos cultos de sua congregação religiosa. Entretanto, a jovem é invadida por pensamentos que teorizam a figura de Deus cientificamente e, quando menos espera, uma mulher misteriosa a faz conhecer toda a verdade por detrás de seus devaneios.

Sobre o curta: Participou do Noia – Festival do Audiovisual Universitário.

 

Poesia no vinho de seus lábios. Matheus Monteiro. Animação. 4’. Brasil. 2024

À noite, em um jardim antigo de Al-Andalus, os rapazes Ibn Ammar e al-Hakam têm um encontro apaixonado em segredo. Adaptação da poesia hispano-árabe do poeta Ibn Khafaja.

 

Ponte Metálica. Felipe Bruno e Wes Maria. Ficção. 17’. Brasil. 2024

Tiago tem medo de nadar. Silva, acostumado ao mar, decide ajudar Tiago a pular no mar. Após um momento juntos na água, passeiam entre as praias, conversando e se conhecendo e aproveitando a tarde ensolarada do Poço da Draga.

 

Raízes do Mangue. Charlotte Cruz. Documentário. 4’. Brasil. 2024

“Raízes do Mangue” é um documentário que traz reflexão acerca da ocupação humana na terra através do depoimento de Dona Neusa, moradora da comunidade Boca da Barra, no bairro da Sabiaguaba, localizado em uma Área de Proteção Ambiental (APA) de Fortaleza, no Ceará.

Sobre o curta: Foi exibido no Festival Internacional de Cinema Ambiental, FICA 2024

 

Raposa. Margot Leitão e João Fontenele. Ficção. 15’. Brasil. 2024

Em uma pequena casa do interior do Ceará, mora Raposa, uma mulher de jeito peculiar que chama atenção de Lelé, um diarista que trabalha na casa ao lado. A relação entre os dois muda a partir de sons estranhos vindos da casa de Raposa.

Sobre o curta: Participou do 18º For Rainbow, sendo agraciado com o Prêmio de Melhor Atriz (Margot Leitão) e com Menção Honrosa.

 

Sirius não é tão longe. Nick Sanches. Ficção. 14’. Brasil. 2024

O último dia de Sófia na cidade foi o mesmo dia que me senti sozinha.

Sobre o curta: Participou do 22º FBCU – Festival Brasileiro de Cinema Universitário (Niterói/ RJ); II FUCINE – Festival Universitário de Cinema (São Paulo/SP); da XIV Mostra Percurso (Fortaleza/CE); e Mostra Calor Humano de Cinema Universitário (Fortaleza/CE).

 

Slam Sobral. Kieza Fran. Documentário. 24’. Brasil. 2024

“SLAM SOBRAL” narra a chegada e ascensão do movimento Slam no Ceará, tendo como ponto de partida a cidade de Sobral. O filme traça a jornada das primeiras disputas poéticas na região, relatando como as disputas poéticas se enraizaram na cultura local e se tornaram poderosas formas de expressão artística e de transformação social.

 

Topera. Rodrigo Gadelha. Documentário. 17’. Brasil. 2023-2024

Um dia comum na necrópole. O coveiro Adriano Topera, do cemitério mais antigo da cidade, leva a vida entre árvores e lápides, cuidando da terra e da saudade dos outros. Tem calma, sabe que, se o dia chegar, tem seu lugar a lhe esperar.

 

Urêasêca. Dizio Brito. Ficção. 17’. Brasil. 2023-2024

Para provar seu amor por Alice, Rose, na companhia de seu fiel escudeiro Luiz, resolve arranjar dinheiro por meios escusos. O que antes tinha o intuito nobre se torna uma vingança atrapalhada contra sua chefe Valentina.

 

Visitando Luisa. André Moura Lopes. Documentário. 15’. Brasil. 2024

O Velho Pajé Potiguara e sua filha sobem a Serra das Matas e são recebidos por Luísa Tabajara, líder da aldeia “Olho D’água dos Canudos” em Monsenhor Tabosa, Ceará. Lembranças da resistência e conquistas são trazidas pela anfitriã aos parentes visitantes em uma conversa.

 

SERVIÇO

34° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema – De 9 a 15 de novembro de 2024 em Fortaleza. Informações: www.cineceara.com. Instagram: @cineceara, Facebook: Festival Cine Ceará. E-mail: contatos@cineceara.com. Toda a programação tem acesso gratuito.