Agosto Lilás é o mês voltado para a conscientização e combate à violência contra a mulher que destaca a necessidade de um olhar atento para as consequências psicológicas enfrentadas pelas vítimas. As marcas físicas da violência costumam ser mais visíveis, mas as feridas emocionais, muitas vezes, permanecem escondidas e podem ter um impacto duradouro na vida das mulheres.
Dados recentes do 18° Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023 no país. As agressões decorrentes da violência doméstica sofreram aumento de 9,8% totalizando mais de 258 mil casos. Além de um crescente número também nas tentativas de feminicídio com 7,2% entre os contabilizados. Com milhares de casos registrados anualmente essa realidade exige um enfrentamento urgente e multidisciplinar envolvendo, não apenas o sistema de justiça, mas também a sociedade como um todo.
A vergonha, o medo e o sentimento de culpa são alguns dos obstáculos que impedem muitas mulheres de denunciar a violência e buscar ajuda. De acordo com a psicóloga Sarah Rebeca Barreto – CRP 11.17952: “ A violência doméstica é um ciclo de poder e controle e as vítimas, muitas vezes, se sentem isoladas e sem saída. É fundamental quebrar esses tabus e mostrar às mulheres que elas não estão sozinhas e que existem profissionais qualificados para ajudá-las a superar essa experiência traumática”.
Psicologia no combate à violência doméstica
A psicologia tem um papel importante no processo de recuperação das vítimas de violência doméstica. Através da terapia as mulheres podem superar o trauma, fortalecer sua autoestima, desenvolver estratégias de enfrentamento e reconstruir seus projetos de vida.
“A psicoterapia oferece um espaço seguro para que as mulheres possam expressar seus sentimentos, pensamentos e emoções sem julgamentos. O objetivo é ajudá-las a ressignificar o trauma vivido e a desenvolver recursos internos para superar as dificuldades”, completa a profissional.
Além do acompanhamento psicológico, as mulheres vítimas de violência doméstica precisam de uma rede de apoio sólida, composta por familiares, amigos, profissionais de saúde e organizações da sociedade civil. Essa rede pode oferecer acolhimento, orientação jurídica, assistência social e outras formas de suporte.
Em Fortaleza, a “Associação Marta” destaca-se como um importante exemplo de organização que oferece apoio integral à mulheres em situação de vulnerabilidade social. A instituição oferece acolhimento, apoio psicológico e assistência jurídica, além de realizar palestras e campanhas educativas sobre os direitos das mulheres e a prevenção da violência doméstica.
A organização é sustentada através de doações e pelo trabalho de profissionais voluntários sendo uma referência no atendimento e empoderamento de mulheres na cidade.
“A luta contra a violência doméstica é um desafio que exige a colaboração de todos. A “Associação Marta” surgiu da necessidade de ser mais um agente social em meio aos projetos já existentes em prol dessa causa. Atualmente, contamos com o apoio de profissionais psicólogos e voluntários no suporte de atendimentos e realização de atividades de apoio às vítimas”, reitera Sarah Rebeca, fundadora e diretora de atendimento da Associação.
Além de buscar ajuda para as vítimas é importante denunciar casos de violência na Central 180, apoiar iniciativas de combate a esse crime e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para conhecer a “Associação Marta” e os serviços oferecidos, basta entrar em contato através do telefone (85) 99817-0548 ou nas redes sociais @associacaomarta.
Sobre Sarah Rebeca Barreto – CRP 11.17952
Graduada em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), é Educadora Parental certificada pela Discipline Positive Association de Atlanta, EUA e Certificada em Ciência da Parentalidade pela University of San Diego. Atua com Psicologia Clínica no atendimento de crianças, jovens e adultos em Fortaleza-CE desde 2022, através da fundação do espaço Psicoeducativo que surgiu com o propósito de oferecer um ambiente propício para o desenvolvimento terapêutico dos pacientes.
Além disso, a profissional também é uma das fundadoras e diretora de atendimento da “Associação Marta”, organização que oferece apoio integral à mulheres em situação de vulnerabilidade social vítimas de violência doméstica.
Mais informações no site: https://www.instagram.com/ associacaomarta?igsh= MXM2a2Jhcms3cDgwaA==