O colesterol é responsável por todas as membranas que envolvem a célula, tornando-o essencial para o organismo. Uma alimentação balanceada ocupa um papel importante na manutenção dos níveis de colesterol, porém, quando uma alimentação inadequada se torna um hábito, pode favorecer o surgimento de várias doenças.

 

Eva Lima, analista de operações de nutrição do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), explica que temos dois tipos principais de colesterol que estão presentes em nosso corpo. “Popularmente classificamos o colesterol como “bom ” e “ruim “, mas entenda que, quando os dois estão dentro dos limites, são importantes para o bom funcionamento do corpo. O problema inicia quando temos um desequilíbrio” explica a nutricionista.

O colesterol alto – ou colesterol ruim – é uma doença silenciosa, sendo detectada apenas com exames de sangue, essa condição clínica pode levar a um aumento do depósito de gordura no fígado, causando sinais como por exemplo, inchaço na barriga, alterações oculares e cutâneas.

“Quando não tratado, os altos níveis do “colesterol ruim” estão relacionados a doenças do coração, complicação na aorta (principal artéria do corpo), além de demência e acidente vascular cerebral (AVC)”, afirma.

Mitos e verdades

Mesmo sendo um assunto bem disseminado, ainda há muitas dúvidas sobre o que é verdade e o que é mito, quando falamos em colesterol ruim e como ele pode afetar o corpo quando elevado.

Começando pela alimentação, os alimentos fritos não são totalmente os vilões. “Além das frituras, alimentos ricos em gorduras saturadas de origem animal e alimentos ultra processados ricos em gorduras trans também se enquadram nos vilões que podem aumentar o colesterol. Por isso, é super importante consumir alimentos ricos em fibras, já que elas formam um gel junto com a água e no intestino impedem a absorção de gorduras, contribuindo assim para a redução do colesterol”, pontua.

Além disso, algo comum é ter a falsa sensação de que, por estar em um peso ideal, os níveis de colesterol não podem ser um problema. “O colesterol alto e suas complicações não são uma condição que acomete apenas pessoas que estão acima do peso, pessoas magras que não fazem atividade física e mantêm padrão alimentar ruim, além de pessoas que possuem predisposição genética podem apresentar colesterol elevado e estão suscetíveis a ter suas complicações”, alerta Eva.

Mesmo com todos os cuidados, o acompanhamento com um especialista em conjunto a exames de sangue regulares se tornam aliados para o controle e a garantia de um quadro saudável.