mais de 100 toneladas de equipamentos fizeram o mega espetáculo que, em Copacabana, no Rio de janeiro, foi recorde de audiência na transmissão ao vivo do Multishow e, na capital federal, a Esplanada dos Ministérios foi tomada pelo público.
“Um presente para Brasília”, foi assim que Alok quis fazer de seu show em comemoração aos 64 anos da capital federal na virada deste sábado para domingo. Foi também o local escolhido para anunciar a ÁUREA Tour, que rodará pelo Brasil levando uma mega estrutura de espetáculo para dentro dos estádios de futebol a partir de novembro.
A complexidade desta operação com mais de 100 toneladas de equipamentos, palco giratório de visão 360º, altura equivalente a um prédio de quase dez andares e mais de dois mil painéis de led, chega à Belém do Pará em novembro deste ano, abrindo contagem regressiva para a COP30 – a COP da Floresta- que acontece na cidade em 2025. Depois, já estão confirmadas Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Goiânia para receber o show que conta com produção assinada pela 30e, maior produtora de entretenimento ao vivo do Brasil. Além da equipe de estrada de Alok, soma-se a esse time alguns dos artistas indígenas que compõem o recém-lançado álbum “O Futuro É Ancestral”, reafirmando mais uma vez a importância das vozes dos povos originários ocuparem espaços culturais da sociedade, abrindo um diálogo mais amplo geograficamente e de público entre a música ancestral e novas estéticas do pop, hip hop e música eletrônica. A turnê vai contar com outros artistas em cada uma das regiões por onde aportar. Assim foi em Copacabana no show gratuito quando trouxe escolas de samba para fazer uma mistura com as batidas eletrônicas em uma apresentação que foi recorde de audiência na transmissão ao vivo do Multishow e, em Brasília, com a participação de Hungria que emocionou o público ao levantar um moletom estampado: “lute como uma mãe de autista”.
Conhecido por sua facilidade em agregar e dialogar com diversos estilos musicais, o show de Brasília teve a presença, do já citado Hungria, de Nando Reis, Zeeba, Naldinho dos Teclados, Pedrinha Moraes e dos artistas indígenas das etnias Huni Kuin, Yawanawa, Kariri Xocó, Guarani Mbyá, Xakriabá, Guarani-Kaiowá, Kaingang e Guarani Nhandewa que pela primeira vez tocaram juntos ao vivo no Brasil. Diante de mais de um multidão de pessoas e no topo de uma estrutura piramidal de quase 30 metros de altura construída na Esplanada dos Ministérios, o principal DJ latinoamericano deu os parabéns a Brasília acompanhado da queima de fogos. Fizeram parte do show remix de Natiruts e Legião Urbana, bandas formadas na capital federal. Ao lado de sua esposa, Romana Novais, tocou “Summer is Back”, faixa inédita que foi selada com um beijo do casal.
A força simbólica da presença da música tradicional e milenar dos povos originários brasileiros ecoando pela arquitetura modernista projetada por Oscar Niemeyer, certamente entrou para a história de Brasília. Isso sem falar da imagem do próprio palco iluminado por lasers e leds de alta definição que, adornava e completava, a grandiosidade escultural do espaço e o desejo do arquiteto e urbanista Lúcio Costa em fazer de Brasília um lugar que interligasse passado, presente e futuro.
O evento de Alok em Brasília foi realizado pela Secretaria de Cultura e GDF, com patrocínio do BRB, Vivo, GWM, Estrella Galicia, Ovomaltine, 2W Ecobank, apoio de Monster Energy, Café 3 Corações e Stanley e parceiro de mídia Metrópoles, além de exibição em tempo real pelo grupo Flow.
Para quem não sabe, Alok tem uma relação íntima com o Distrito Federal. Foi por lá que ele cresceu, fez colégio, iniciou a faculdade de Relações Internacionais, morou até os cinco anos de idade e depois retornou aos 12 e, também por ali, deu os primeiros passos mais largos como artista da cena eletrônica.