No dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, data que ressalta a importância das conquistas e lutas das mulheres ao longo da história. Nos últimos anos, temos presenciado uma mudança significativa no mercado de trabalho, com cada vez mais mulheres ocupando posições de destaque em diversas áreas, incluindo o mercado jurídico.
Antes dominado em sua maioria por homens, o setor jurídico agora conta com uma grande parcela de profissionais do sexo feminino, que têm se destacado pela competência, dedicação e habilidades técnicas. Essa ascensão demonstra a quebra de estereótipos e a valorização do talento e da capacidade das mulheres em uma área tradicionalmente masculina.
Com o objetivo de minimizar as desigualdades históricas enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho, o Poder Executivo propôs a Lei nº 14.611/2023, que trata da igualdade salarial e critérios remuneratórios entre homens e mulheres. Essa legislação reforçou a impossibilidade de distinção salarial entre os gêneros e trouxe medidas inovadoras, como mecanismos de transparência salarial e canais específicos para denúncias de discriminação salarial.
No entanto, para complementar essa lei e garantir sua efetiva aplicação, foram publicados o Decreto nº 11.795/2023 e a Portaria nº 3.714/2023 do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelecem regras relacionadas ao Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. Essas medidas visam promover a comparação objetiva entre salários, remunerações e a proporção de ocupação de cargos entre homens e mulheres, contribuindo para a igualdade de gênero no ambiente de trabalho.
“A legislação e as normas atualizadas são fundamentais para garantir a equidade de oportunidades no mercado de trabalho e para combater as disparidades salariais entre homens e mulheres. É um passo importante rumo à construção de um ambiente profissional mais justo e inclusivo para todos”, destaca Vanessa Louisie, advogada do escritório Nelson Wilians.
É essencial que as empresas estejam preparadas para cumprir as novas regulamentações e que os órgãos fiscalizadores atuem de forma eficaz para garantir o cumprimento da lei. A luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho é contínua e demanda o engajamento de todos os setores da sociedade.
Só com ações conjuntas e comprometidas poderemos alcançar um cenário onde homens e mulheres sejam valorizados e reconhecidos por suas competências, independentemente do gênero. A igualdade no mercado de trabalho é um direito de todos e uma conquista que beneficia a sociedade como um todo.