Com programação gratuita em Fortaleza e no Cariri, o Festival traz exposições individuais e coletivas, lançamentos de livros, projeções audiovisuais, shows e um amplo programa de formação na Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Ceará.
A terceira edição do Fotofestival SOLAR, a ser realizada entre os dias 11 e 15 de dezembro, mostrará a força da fotografia enquanto manifestação artística interligada com outras expressões do mundo das artes e da cultura.
Com ampla programação gratuita e diversas atividades promovidas em vários ambientes da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), o Fotofestival SOLAR é realizado em parceria entre a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) e o Instituto Mirante de Cultura e Arte.
O evento ocupará equipamentos em Fortaleza (Pinacoteca do Ceará, Estação das Artes, Museu da Imagem e do Som do Ceará – MIS, Mercado AlimentaCE e KUYA – Centro de Design do Ceará) e também terá atividades no Crato, no Centro Cultural do Cariri.
Propondo ações e reflexões no campo das artes e da memória, o SOLAR amplia narrativas e imaginários sobre o Brasil, com 10 exposições, lançamento de livros, projeções audiovisuais, shows e um amplo programa de formação, com a realização de 14 conversas, cinco oficinas e leituras de maquetes de livros. Entre os convidados nacionais e internacionais estão os renomados documentaristas brasileiros, Jorge Bodanzky e João Moreira Salles, o artista chileno Alfredo Jaar, e a fotógrafa mexicana Graciela Iturbide, além de chamadas públicas para participação e envolvimento de artistas cearenses, brasileiros e também de outros países. Entre as atrações musicais estão Ana Frango Elétrico, Gang do Eletro e Letrux.
Fortalecendo a cultura
De caráter estruturante, o Fotofestival SOLAR segue avançando no fortalecimento da criação artística, da difusão de conhecimento e da democratização do acesso à cultura, tendo a fotografia brasileira e cearense como protagonistas.
O Festival é uma idealização do fotógrafo e editor cearense Tiago Santana, referência no cenário nacional e que assina a direção artística do evento. A coordenação geral é de Ana Soter, Iana Soares, Isabel Santana Terron e do próprio Tiago Santana.
“Sonhar com um Brasil próspero para todas as pessoas, nos últimos anos, tem sido um esforço cotidiano de aproximação entre a imaginação, o desejo e a tradução em gestos de transformação. Criar o Fotofestival SOLAR foi um modo de seguirmos fortes e criativos, acreditando no encontro como estratégia política de fabulação e afetação do real. Desde 2018, o SOLAR escolhe, além de resistir, refletir coletivamente sobre os modos de produzir vida e arte neste país brilhante e complexo, onde há abismo e beleza em todas as curvas e esquinas. Por meio da fotografia, celebramos as confluências entre pessoas, tempos e territórios”, afirma Tiago Santana, diretor do Fotofestival SOLAR.
“O Festival SOLAR é um marco para a política pública de cultura do Ceará, pois conecta as produções cearenses do campo da imagem com diversos países ao redor do mundo. É um exemplo de como pensar políticas culturais que fomentem a criatividade e a diversidade artística, enfatizando também a formação e reafirmando nosso compromisso com o acesso democrático à cultura. Por meio do SOLAR, fortalecemos a conexão entre artistas do universo da imagem, públicos e territórios, valorizando a força desse segmento cultural no estado. O Solar é um motor que traduz o espírito inovador e plural dos nossos talentos imagéticos, iluminando trajetórias artísticas e inspirando novos olhares”, destaca a secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela.
Propósitos que vão além da arte
O Fotofestival SOLAR tem como missão fundamental discutir políticas públicas que a contemplem dentro do panorama das artes e da cultura no país. Ao articular arte, cultura e educação, o festival aborda questões urgentes da contemporaneidade, posicionando-se como uma oportunidade de diálogo entre a fotografia e outras linguagens artísticas e áreas do conhecimento, com alcance internacional.
Para Iana Soares, que integra a equipe de coordenação geral do evento, o SOLAR traz uma programação e exposições que falam de grandes questões nacionais como a ditadura militar, as lutas por justiça social, conectadas à cultura e ao cotidiano das pessoas, um retrato do Brasil que, enquanto tudo está acontecendo, está vivendo e produzindo vida. “Pensamos grandes temas nacionais entrelaçados com a vida cotidiana dos brasileiros e das brasileiras, sempre no plural e na complexidade das coisas. Então, tem muita gente nas imagens e na programação, tem a política acontecendo, a manifestação, a rua, e tem as famílias, os bastidores, as relações afetivas, o aniversário, a festa, o banho de mar e tudo, no final das contas, é político”, conta Iana.
Na semana de realização do evento e ao longo dos quatro meses seguintes, há uma previsão de que as atividades impactem aproximadamente 70 mil pessoas, presencialmente, contemplando diversos públicos e comunidades do estado. Além disso, haverá transmissão online das mesas de discussão, aumentando e diversificando ainda mais os públicos e os territórios alcançados.
Exposições
Um dos eixos mais importantes do Fotofestival SOLAR são as exposições. No total, o evento trará para o público cearense e turistas em visita aos equipamentos culturais, um total de 10 mostras, individuais e coletivas, em diversos tipos de plataformas.
A exposição “Delírio Tropical”, com curadoria do paraense Orlando Maneschy, realizada em parceria com a Pinacoteca do Ceará, será aberta na quarta-feira, dia 11 de dezembro. A mostra reúne mais de 130 artistas de todas as regiões do país, de diversas gerações, desde documentaristas a artistas visuais que usam da imagem como elemento decisivo na construção de seus discursos. “Delírio Tropical” fica em cartaz na Pinacoteca até 29 de junho de 2025. Durante a semana de abertura, a visitação no equipamento terá horário estendido – de quinta a sábado, das 12h às 21h, com acesso até às 20h30; e no domingo, das 10h às 20h, com acesso até às 19h30. A exposição é uma realização do Fotofestival SOLAR, em parceria com Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE).
Também na Pinacoteca do Ceará, fará parte da programação do SOLAR a exposição “Que país é esse?” – A câmera de Jorge Bodanzky durante a ditadura brasileira (1964 – 1985)”, com curadoria de Thyago Nogueira. A mostra, em uma parceria com o Instituto Moreira Salles, conta o Brasil por meio de fotografias e filmes realizados pelo fotógrafo durante a ditadura no contexto dos 60 anos do golpe militar. A exposição fica aberta ao público de 11 de dezembro a 13 de abril de 2025. Durante o SOLAR, a visitação será de quinta a sábado, das 12h às 22h, com acesso até as 21h30; e no domingo, das 10h às 18h, com acesso até as 17h30. É mais uma atividade realizada pela Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE), em parceria com o Fotofestival SOLAR.
A programação do SOLAR a ser realizada no Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS) traz a exposição “Vermelho Vivo”, com curadoria de Ângela Berlinde, que convida o público a vivenciar imagens, poemas e canções como meios de refletir sobre as ideias de LIBERDADE e REVOLUÇÃO, oferecendo ao público a oportunidade de imaginar futuros, sem medo das incertezas que se acumulam. A abertura será na quinta-feira, dia 12 de dezembro, quando o MIS-CE estará aberto de 13h às 21h, com acesso até 20h30. A mostra seguirá até 31 de março, nas quartas e quintas, das 10h às 18h, com acesso até às 17h30; e de sexta a domingo, das 13h às 20h. É realizada pela Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE), em parceria com o Fotofestival SOLAR.
Com a curadoria de Diógenes Moura, a exposição “Ali onde as imagens são o nome das coisas” trará 80 imagens para 80 livros e tem como ponto de partida o projeto “200 anos – 200 livros”, iniciativa que, na ocasião do bicentenário da Independência do Brasil, lançou-se ao desafio de elaborar uma lista com os títulos mais importantes para entender o país. A partir dessa vasta reunião de obras e autores, o escritor, curador e editor Diógenes Moura propõe um percurso com novos olhares valendo-se do seguinte procedimento: conectar cada livro a uma imagem que movimente diálogos, tensões, precipitações e ressonâncias. A exposição ficará sediada na KUYA – Centro de Design do Ceará, de 11 de dezembro deste ano a 7 de maio de 2025. Na semana de abertura, a visitação será de quinta a sábado, das 12h às 21h, com acesso até as 20h30; e domingo, das 10h às 20, com acesso até as 19h30. A exposição é uma realização do Fotofestival SOLAR, em parceria com a Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE).
Também na KUYA – Centro de Design do Ceará, de 11 de dezembro a 7 de maio de 2025, e com visitação na semana de abertura do Festival, de quinta a sábado, das 12h às 21h, com acesso até às 20h30; e domingo, das 10h às 20h, com acesso até às 19h30, o público poderá conferir a exposição internacional “Hong Kong Photobook Dummy Award”, que promove o intercâmbio de ideias e exposições entre cidades e comunidades para fomentar a criação e promover o acesso a essas narrativas visuais em todo o mundo. A exposição é outra das atividades realizadas em parceria entre o Fotofestival SOLAR e a Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE).
Já a exposição do “Premio Publicación Latinoamericano La Luminosa FELIFA 2023”, um festival de livros de fotografia e artes gráficas que acontece desde 2002, será outra atividade a ocupar a KUYA – Centro de Design do Ceará. Com 18 edições realizadas na cidade de Buenos Aires e 13 edições em outras cidades da Argentina e de outros países da América Latina, a mostra ficará em cartaz de 11 de dezembro de 2024 a 7 de maio de 2025. Na semana de realização do SOLAR, a visitação se dará de quinta a sábado, das 12h às 21h, com acesso até às 20h30; e domingo, das 10h às 20h, com acesso até às 19h30. A exposição é uma realização do Fotofestival SOLAR, em parceria com a Rede de Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE).
Por sua vez, a exposição “Onde guardaremos este instante de alegria?”, com curadoria das jornalistas Iana Soares e Fernanda Siebra, traz 30 autores cearenses e seus instantes, capazes de mover a vida, o sonho e o tempo. Será realizada de 11 de dezembro a 7 de maio de 2025, no Complexo Cultural Estação das Artes, com visitação na semana de abertura do evento de quinta a sábado, das 12h às 22h, com acesso até às 21h30; e domingos, das 10h às 20h. A exposição é uma realização do Fotofestival SOLAR, em parceria com a Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE).
Modos de Ver, com curadoria de Luciana Molisani e Isabel Santana Terron, uma parceria entre a IMAGINÁRIA e o SOLAR, aborda questões de acessibilidade e direitos, destacando a importância de políticas inclusivas para pessoas com deficiência visual. A mostra ficará de 11 a 15 de dezembro, na Pinacoteca do Ceará. Durante o SOLAR, o horário de funcionamento do museu será estendido – de quinta a sábado, das 12h às 21h, com acesso até às 20h30; e no domingo, das 10h às 20h, com acesso até às 19h30. A mostra é uma realização do Fotofestival SOLAR, em parceria com a Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE).
Claudia Andujar. Minha vida em dois mundos, com curadoria de Eduardo Brandão, que inaugurou em junho e tem apoio do SOLAR, segue em cartaz na Pinacoteca do Ceará e fará parte da programação do Festival. A exposição reúne trabalhos de algumas das principais séries da artista suíça naturalizada brasileira, que é uma das fotógrafas mais celebradas da arte contemporânea. O público pode conferir até 9 de março de 2025. De 11 a 15 de dezembro, o funcionamento do museu será de quinta a sábado, das 12h às 21h, com acesso até às 20h30; e domingos, das 10h às 20h, com acesso até às 19h30.
Fotofestival SOLAR no Cariri
De caráter estruturante, o Fotofestival SOLAR aposta na difusão da fotografia como linguagem artística, manifestação cultural, campo de pesquisa e de produção de conhecimento. Nesta terceira edição, o festival expande suas ações e chega também no Cariri, região reconhecida como um dos maiores centros de manifestações culturais do Ceará, com a exposição NAGUAL – fotografias de Graciela Iturbide, que será aberta no domingo, dia 8 de dezembro, às 19h, no Centro Cultural do Cariri, localizado na cidade do Crato.
A fotógrafa mexicana Graciela Iturbide é reconhecida internacionalmente por suas imagens em preto e branco, que retratam mulheres, crianças, naturezas e paisagens com força e beleza. A exposição é composta por imagens registradas no deserto de Sonora e em Juchitán de Zaragoza (México), bem como em Cuba, Panamá, Índia, Argentina e Estados Unidos.
Integrando a abertura da mostra, contaremos com a apresentação do Coco dos Souza, da Mestra Maria de Tiê – Tesouro Vivo do Ceará desde 2019 e liderança comunitária responsável por manter viva a Dança do Coco e o Maneiro-Pau na Comunidade Quilombola dos Souza, em Potengi, Ceará.
As visitas ocorrem às quintas e sextas, das 15h às 20h e aos sábados e domingos, das 12h às 20h, o acesso é até 30min antes do encerramento das atividades. A exposição é realizada pela Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE), em parceria com o Fotofestival SOLAR.
Conversas
Parte importante do Fotofestival SOLAR, as conversas serão um espaço de amplo diálogo entre destacados nomes do cenário nacional, internacional e o grande público. As atividades serão transmitidas pelo YouTube do Fotofestival SOLAR e terão o acompanhamento por intérpretes de Libras.
Na KUYA – Centro de Design do Ceará, na quinta-feira, dia 12 de dezembro, de 14h às 15h30, acontecerá a conversa com Ana Vitório e Vitor Casemiro, sobre a edição criada especialmente para o Solar 2024, o Cinelivro Pós-apartheid, que reúne obras que refletem e contextualizam os 30 anos da democracia sul-africana.
De 16h às 17h30, será a vez do diálogo com Diógenes Moura, Noemi Jaffe e José Manuel Diogo, com a mediação de Joca Reiners Terron, sobre a exposição “Ali onde as palavras são os nomes das coisas”. Durante o encontro, será abordado a relação entre imagem e palavra, movimentando diálogos, tensões, precipitações e ressonâncias.
Já na sexta-feira, dia 13 de dezembro, das 14h às 15h30, Ubiratan Suruí e Gabriel Uchida (Coletivo Lakapoy) conversam com Thyago Nogueira (IMS), sobre Gente de Verdade.
Também no dia 13 de dezembro, de 16h às 17h, com Rosângela Rennó e mediação de Daniela Moura, será a vez de Arquivo às avessas. A autora falará sobre seus livros que foram produzidos ao longo de quase quatro décadas de produção.
No sábado, dia 14 de dezembro, de 14h às 15h, em Figuras de tempos e sonhos, o fotógrafo Joaquim Paiva e os editores Carolina Cattan e Rony Maltz conversam sobre seu processo de criação de fotolivros, do conceito às escolhas materiais, a partir das três últimas obras de Paiva com a {Lp} press: Estas figuras de tempos e sonhos (2024), Lantejoulas cintilantes no Vale do Amanhecer (2022) e Rodoviária de Brasília (2021).
Para Festejar os fotolivros, construir comunidades o SOLAR convidou Agostina Tato, do FELIFA (Argentina), Olmo Gonzáles Moriana, do Fiebre Photobook (Espanha), e Luciana Molisani + José Fujocka, da IMAGINÁRIA_festa do fotolivro (Brasil). Durante este encontro, em 14 de dezembro, às 15h30, as pessoas representantes de cada festival compartilharão e refletirão sobre suas estratégias e práticas para celebrar e ampliar a visibilidade e circulação dos livros fotográficos.
A programação segue também na Pinacoteca do Ceará. Na sexta-feira, dia 13 de dezembro, de 18h às 19h30, com Orlando Maneschy, Waléria Américo, Ayrson Heráclito, Paula Sampaio, Hal Wildson e mediação de Iana Soares, falando sobre Delírio Tropical.
um país em luta, com Jorge Bodanzky e João Moreira Salles, com mediação de Bete
Por sua vez, de 19h30 às 21h, ocorre a conversa A política das imagens ou como narrar Jaguaribe.
Já no sábado, dia 14 de dezembro, das 19h30 às 21h, O velho mundo está morrendo, o novo demora a nascer será uma conversa com o artista chileno Alfredo Jaar e mediação de Moacir dos Anjos. Nessa conversa, a partir da trajetória do artista, serão discutidas as relações de poder por meio da investigação das políticas das imagens, refletindo sobre a importância das artes e da cultura, na luta por justiça social.
No encerramento do SOLAR, no domingo, 15 de dezembro, teremos a conversa “Sentir o voo de um pássaro”, na Pinacoteca do Ceará, às 18h. Neste diálogo com a curadora Rosely Nakagawa, a fotógrafa mexicana Graciela Iturbide compartilhará sua visão poética sobre a fotografia como uma linguagem que entrelaça emoções, histórias e conexões, criando imagens que transcendem a documentação e expressam a alma das culturas, paisagens e relações humanas.
Oficinas
Em parceria com o IMAGINÁRIA, um festival de fotolivros, o Fotofestival SOLAR trará diversas oficinas com nomes nacionais e internacionais. Logo no primeiro dia, a quarta-feira, dia 11, até o dia 13, das 10h às 12h, no Ateliê 3 da Pinacoteca do Ceará, acontecerá a oficina Escritas de Si, com Juliana Monteiro, autora de livros como: artista Pandora (2020), Aprendiz (2021), Caderno de anotações (2022) e Problemas de linguística geral (2024). Durante a oficina, as pessoas participantes serão convidados a criar e a refletir sobre as relações entre experiências pessoais e escolhas criativas a partir de livros escritos com palavras ou com imagens fotográficas.
Também no primeiro dia de evento, de 10h às 13h, e na quinta-feira, dia 12 de dezembro, de 10h às 12h, no Ateliê 2 da Pinacoteca do Ceará, acontecerá a oficina Edição e Incisão, com Musuk Nolte, fotógrafo e editor de origem mexicano-peruana, cujo trabalho abrange os âmbitos documental e artístico, abordando problemas sociais, políticos e ambientais. A oficina propõe duas sessões de trabalho de edição, nas quais serão compartilhadas diferentes estratégias e perspectivas para editar e organizar um projeto fotográfico para fins editoriais
Na oficina Quero dizer do mistério, ministrada por Marília Oliveira e Régis Amora, o início será a partir do disco LEGAL, de Gal Costa, lançado em 1970, no auge da ditadura militar e, após um sobrevoo por suas canções, a oficina foca na canção Minimistério, de Gilberto Gil, para experimentar uma ação de edição coletiva em que os não ditos, o invisível, o incompreensível e a opacidade do cotidiano têm lugar. A oficina será realizada nos dias 11 e 12 de dezembro, das 9h às 12h30, e dia 13 de dezembro, das 9h às 12h, no KUYA – Centro de Design do Ceará.
Realizada pelo Shinji Nagabe, artista visual brasileiro, de origem japonesa, que vive na Europa desde 2014, a oficina Um Futon Solar, será um espaço de criação manual e também um momento de troca de reflexões sobre como é possíve se expressar visualmente em meio a um cenário global de adversidades. Será realizada de 11 a 13 de dezembro, das 10h às 13h, no Ateliê da Pinacoteca do Ceará.
Finalizando o ciclo das oficinas, o Fotofestival Solar trará o Zine Expresso, oficina de criação de livretos com imagens arquivadas nos celulares. Ela será realizada no último dia de evento, domingo, 15 de dezembro, das 11h às 15h, na Estação das Artes, com o grupo Lombada, voltado à discussão, criação e edição de trabalhos que dialogam com o universo da imagem.
Música e Gastronomia no Fotofestival SOLAR
Durante os cinco dias de evento, a gastronomia ganha destaque no Mercado AlimentaCE, que será um dos pontos de encontro do circuito artístico. Na abertura do Fotofestival SOLAR, uma feira gastronômica paraense trará os sabores do Soul Pará, Delícias do Pará e Tipiti, compondo o cenário para o tecnobrega da Gang do Eletro.
De quinta a sábado, o público poderá continuar explorando as delícias do Soul Pará, que será acompanhado pelos sabores do Ventana, com sanduíches que trazem ingredientes nacionais e internacionais, e o bar de tapas Sabbar. Além disso, até domingo, teremos acarajés e pratos típicos cearenses do Mercado.
Aliada à rica gastronomia do festival, a música terá o seu lugar garantido todos os dias na Estação das Artes. No primeiro dia de evento, quarta-feira, dia 11, de 20h às 21h, DJ Albano Seletor abrilhantará a festa, seguido do show da banda paraense Gang do Eletro, de 21h30 às 23h.
Na quinta-feira, dia 12 de dezembro, será a vez do show “Transe – Esdras Nogueira e Grupo tocam o Transa de Caetano Veloso em versão instrumental”, de 20h às 21h30. Já na sexta-feira, das 20h às 21h, o DJ Davi Markan comandará a festa, finalizando a noite com toda a animação de Ana Frango Elétrico, com apresentação do show “Me Chama De Gato Que Eu Sou Sua”, apresentando seu último álbum pela primeira vez no Ceará.
No sábado, dia 14, a abertura ficará por conta da DJ Marjii, das 20h às 21h30, seguido do show da cantora Letrux, com o espetáculo “O Último Romântico”. A cantora, compositora, escritora e atriz, apresentará um show especial que homenageará Lulu Santos
Encerrando o festival, no domingo, dia 15 de dezembro, a partir do meio-dia acontece o Choro Solar, em que Esdras Nogueira Quarteto apresenta um show que celebra a tradição do choro com uma abordagem contemporânea ao lado de Marcus Moraes na guitarra, Thanise Silva na flauta e Tauí Castro no pandeiro.
A entrada na Estação das Artes se dá por ordem de chegada e sujeita à capacidade do espaço (1.500 pessoas). Nas noites de shows do Fotofestival SOLAR, a entrada será por meio do Ingresso Solidário, mediante a doação de 1kg de alimento não-perecível (exceto sal) a ser destinado ao Programa Ceará Sem Fome, do Governo do Estado, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade.
Sobre o Fotofestival SOLAR
A primeira edição do SOLAR ocorreu em dezembro de 2018 e ocupou diversos espaços do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, com atividades formativas e cinco exposições, com convidados nacionais e internacionais. A segunda edição, que ocorreria em dezembro de 2020, foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. Nesse intervalo, o SOLAR esteve presente na Bienal Internacional do Livro do Ceará, em 2019. Em 2020, integrou a idealização do projeto “Por dentro de um tempo suspenso”, realizado em parceria com outras iniciativas nacionais, como o Fotorio, o Festival de Fotografia de Tiradentes e a DocGaleria. Em 2021, articulou a itinerância da exposição Terra em Transe, concebida pelo SOLAR em 2018, com curadoria de Diógenes Moura, para o Museu Afro Brasil, em São Paulo, onde recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA de melhor Exposição de Fotografia do ano.
A semana de abertura da segunda edição do Fotofestival SOLAR ocorreu de 7 a 11 de dezembro de 2022, e reuniu fotógrafos, pesquisadores, curadores, artistas e o público em geral, em uma ampla programação gratuita. Além de realizar atividades de formação, apresentação de portfólios, projeções e debates, o SOLAR contou com exposições em diferentes espaços do Complexo Cultural Estação das Artes — Pinacoteca do Ceará, Centro de Design, Estação das Artes e Mercado AlimentaCE — e do Museu da Imagem e do Som do Ceará, instituições que integram a RECE, geridas em parceria com o Instituto Mirante. As ações seguiram até maio de 2023. Esta parceria reforça a atuação em rede dos equipamentos culturais do Estado, trazendo ainda mais impacto às iniciativas e aumentando o alcance e a diversidade de públicos.
Em 2022, além das 7 exposições, ocorreram 15 mesas, 8 oficinas, apresentação de portfólios com premiação, apresentações culturais e lançamentos de livros. Ao longo do período de exibição, foram realizadas várias visitas mediadas aos espaços expositivos. Para marcar o encerramento da exposição Negros na Piscina, entre 24 e 29 de abril de 2023, a Pinacoteca do Ceará realizou um seminário com participação de curadores, artistas e pesquisadores, além de uma oficina de fotografia documental, em parceria com a Escola Porto Iracema das Artes. Na Estação das Artes, aconteceu a festa Baile Preto.
O SOLAR contou com 60 convidados nacionais e internacionais, entre eles a espanhola Cristina de Middel, diretora da Agência Magnum; o nigeriano Azu Nwagbogu, diretor da Africa Artists Foundation; e a mexicana Graciela Iturbide, um ícone da fotografia latino-americana e mundial. Além desses convidados, houve a participação de, aproximadamente, 300 pessoas que também atuaram de forma remunerada, direta e indiretamente, na realização do SOLAR, profissionais de diversas áreas do campo cultural, como produção, comunicação, curadoria, montagem, educação, transporte, entre outras.
Estima-se que, de dezembro de 2022 a maio de 2023, as ações realizadas pelo Fotofestival SOLAR impactaram, diretamente, um público de 65 mil pessoas. A maior parte das ações de formação foi transmitida online pelo canal do YouTube do SOLAR, da Pinacoteca e da Secretaria da Cultura do Ceará. As atividades contaram com a presença de intérpretes de Libras, tornando o evento mais acessível para diversos públicos. Nesse período, foram alcançadas 2.125 visualizações. Os vídeos seguem disponíveis e podem ser acessados gratuitamente no canal do